O primeiro ministro aproveitou a Cimeira Ibero-Americana para promover o computador Magalhães.
As imagens televisivas pareciam de um qualquer tupperware party tecnológico. Enquanto as outras pessoas presentes na sala viam com atenção o seu computador (eram chefes de Estado ou de Governo), Sócrates ia perorando sobre as qualidades do computador, “o mais latino-americano, até se chama Magalhães!
Percebe-se que o primeiro-ministro aposte no Magalhães como uma ferramenta de educação para a América Latina; percebe-se também a necessidade de o promover, mas transformar a cimeira no showroom parece-me um bocado de mais.
Apesar de o ministro das Finanças ter afirmado que “até o Magalhães” abria o Orçamento de Estado, Sócrates afiança que todos os seus assessores o usam “porque não precisam de outro”. E além do mais, é resistente:
“O presidente Chavez deixou-o caír ao chão e não se partiu”, lembrou.
Este tipo de venda agressiva costuma ser feita nas excursões promovidas por empresas à procura de incautos e desprevenidos consumidores.
Na melhor da noite, disse que aquele computador é uma “espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos”.